terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Mulheres



Quem aqui já não caiu de amores por um falso sorriso?
Quem aqui jamais suou frio por uma bela comissão de frente?
Quem aqui nunca gastou todo dinheiro que tinha apenas para satisfazer aquela
que covardemente iludia com seus trejeitos, seu batom estupidamente vermelho,
seu jeito insinuante, diabólico.

Quem aqui?

E se tiver alguém, pode atirar a primeira pedra! Ah, mas atire com força, com toda força que a raiva da traição, da covardia, da bruxaria que uma mulher tenha lhe feito. E no final das contas me dê à receita, me dê o remédio, pois por mais que me pisem, sempre caio novamente em seus sortilégios!

Sempre quis pagar na mesma moeda; iludi-las, usá-las. Dizer mil bobagens de amor apenas visando suas carnes macias, seu interior molhado, apertado. Entre amigos apontá-la “é ali que enfio todas as noites”. Chegar em casa espancá-la por estar ali, me esperando, tão prestativa, tão simplória! Gastar meu dinheiro com bebidas, roupas e festas cara e a ela, tão fiel, dar-lhe apenas o pão.

Mas eu não consigo, não tem jeito. Elas me usam, me abusam, me jogam fora, fazem de mim o que querem. Arrancam de mim a dignidade e o dinheiro, batem a porta da casa e me deixam aqui. É isso que recebo em troca da dedicação, da atenção e de todas as frescuras que exigem esses seres talhados para o mal.

Mas tenho aqui uma teoria, meus caros: as mulheres não gostam de mimos! Dê-lhes o desprezo, a frieza. Se receber uma boa noite, parta-lhes a cara com um soco. Se uma delas cair, chute-lhe as costelas. Se estiverem doentes, trepem com elas até se esvair a última gota de sangue. Se precisarem de atenção, jogue-lhes uma nota de dinheiro, aí sim! Você estará agindo certo e em troca terá alguém obediente, carinhosa e submissa e nunca mais será necessário beber e escrever textos como esses. Nunca mais, lhes garanto.

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