sábado, 30 de dezembro de 2023

Fragmentos da Solidão (Suicide Note Pt. IX)

 

Tenho medo, não sei por que ainda estou aqui,
já tentei várias formas de poder fugir.
Aquela margem, falta coragem e fico pensativo,
será que alguém vai lembrar de que não estou vivo?

Deito na cama e fecho meus olhos,
um frio na espinha gela meus ossos.
As lágrimas caem sobre meu rosto,
não sei por que não estou morto.

O mundo é opressivo, se não segue um caminho,
ele te joga do abismo, escuro e sozinho.
Nas noites mais longas, a solidão se faz forte,
a esperança desvanece, a dor é sua sorte.

No corte é onde encontro meu abrigo,
Entre lâminas afiadas, um breve alívio.
Mas no silêncio que se segue, a dor persiste,
uma angústia contida, uma agonia que insiste.

No escuro do quarto apenas um eco,
vozes da minha mente me guiam ao incerto.
Cheguei no topo do céu ou no fundo da garrafa?
Se puxar o gatilho tudo vai ficar como estava?

Vão lembrar do que sou, vão lembrar do que eu era?
O que eu pretendia ser e o que o futuro me espera.
Uma vaga lembrança de uma página rasgada,
uma alma perdida em meio ao nada.

domingo, 17 de dezembro de 2023

Novos Horizontes (Suicide Note Pt. VIII)


O sol nascente, num céu sem cor,
O precipício à frente, minha dor.
Aguarde até eu voar para partir,
E desfazer tudo que um dia quis construir.

Desfazer os laços, quebrei os planos,
No vazio do horizonte, são só enganos.
Desisto dos sonhos que ousei abraçar,
Afundo no abismo, sem olhar para trás.

O sol já não aquece, apenas adormece,
Na jornada solitária, a alma padece,
Despedaçando o último resquício de ilusão,
Encerro assim este ciclo de solidão.

Em asas frágeis, corto o céu a esmo,
Rumo ao fim, ao caos, ao extremo.
No eco do silêncio, o ponto final,
Acabando com tudo, sem deixar sinal.

terça-feira, 22 de agosto de 2023

Sombras e Reflexões

 

Éramos felizes ou será que eu não compreendia,
Talvez essa seja a minha sina,
Acreditar que compartilhávamos uma história,
Talvez ele escrevesse certo por linhas tortas.

Mesmos gostos, mesmos passatempos,
Dando tempo ao tempo, esperando meu momento
Sensação de estar dançando com a morte
Perdendo meu norte, esperando que se importe

O tempo já cessou, a chama apagou,
A química que fluía já não era mais a mesma,
Dizem que polos opostos se atraem,
Mas, na verdade, os polos idênticos se repelem.

Entre vielas, no abismo profundo,
Conselhos, desabafos, um ser moribundo,
Esta é a rotina, no dia a dia,
Bebo à noite, apenas para regurgitar de dia

Vou conceder-me um intervalo na vida,
Ao olhar para trás, não vislumbro outra saída,
Deixar que a saudade me guie,
E a sombra do passado me acompanhe.

No silêncio das reflexões, ao lado da privada,
Encontro conforto na garrafa, minha aliada,
Hora de erguer-me, mesmo que seja tardio,
Procurar algo que preencha meu vazio.

Como dizem por aí, "Mente vazia, oficina do diabo",
Eu estava cavando minha própria sepultura, meu espaço,
Não tenho para onde ir, não vou me desculpar
Pois, em algum momento, a vida irá te cobrar.

domingo, 8 de janeiro de 2023

Alabama Lifestyle

 

Sweet Home Alabama
Hoje o céu está tão azul
Sweet Home Alabama
Comi minha irmã pela buceta e pelo cu

Minha posição favorita é em sexto
Entro no seu quarto e já lhe tasco um beijo
Lá em baixo romantismo é para fracos
Vou te comer até o canto do galo

Não adianta olhar para trás
Ficou se insinuando agora vai levar atrás
No meio do mato ninguém vai te ouvir
Somente as galinhas e as vacas a mugir

E por falar em vaca tem a nossa mãe
Não estaria aqui se não fosse ela também
Me acorda de manhã e pergunta se tô legal
Tô pouco me fudendo então chupa o meu pau

Não é ilegal se é íntimo, recíproco
Todo dia trago um bicho
Mãe, irmã, prima, galinha, carneiro
Não tenho preconceito

É por isso que os filho' nasce tudo especial
Fica com umas verruga encobrindo todo o pau
Sem drama, na cama, não chora só mama
Bem vindo a "Sweet Home Alabama".