quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Massacre Clerical



Ajoelhado, o padre estava perante a imagem do santificado
inquieto, fingindo ser ajudado
sorria, acreditando na fé e no seu falso poder
sem saber, nem podendo prever, o que na madrugada ia acontecer

E na capela perto ao cemitério, o tolo padre continuava a crer
de olhos fechados, a realidade o cretino não podia ver
um odor de queimadas, com vento o forte começava aparecer
junto a um cheiro mórbido da morte, seu destino certo estava a transparecer

Assustado, sem saber o que fazer, permaneceu ajoelhado
então o cadeado do portão foi quebrado
eram três estranhamente vestidos e com tochas, e um aparentemente armado
eles desviam o olhar para o cordeiro, crente na fé o fracassado

Vão até o padre, e o perguntam se a fé ira impedi-lo de morrer
gaguejando, ele não consegue responder
outros dois tiram as armas guardadas, eram facas e um pequeno machado
o padre se levanta, tentando fugir, correndo feito um bastardo

Então sem perdão, nas costas um golpe de machado é desferido
o padre cai no chão, com machado encravado e um tanto ferido
sem ação, o padre se mantém parado
outros dois então deixam seus dedos da mão cortado

Agonizando o padre ao sagrado, pede proteção
sem pensar, um golpe é desferido de faca, em seu abdômen abaixo do coração
o padre ainda grita sabendo que vai morrer
agora com o machado, o braço é golpeado, muito sangue a escorrer

O padre da os seus últimos sussurros de vida, entre minutos a falecer
ainda sentindo dor, os três desferem golpes até amanhecer
machadadas na cabeça facadas no peito, corpo está estripado e mutilado
nas paredes a marca, de todo sangue esguichado

Então, com braços, pernas, e cabeças espalhados
somente o tronco do corpo ensangüentado
em uma cruz pontiaguda foi empalado
um presente para fé do verme santificado

Os três saem do local, deixando suas tochas à queimar
uma lição, para os que tentam perturbar
criando regras tolas, para liberdade tirar
os tão sábios, e falsos poderosos, agora terão de ajoelhar

Para um pouco de vida implorar!

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