
Nada distingue as sombras do nosso quarto
E se definho é com carinho, em teus braços
Após um dia no inferno, eu chego cansado
Mas até a agonia é fascínio, do teu lado
Tu me definha e me define
Sodomiza minha alma e me denigre
E o sangue que me escorre a boca
É o mais puro clamor ao dizer
Que eu te amo minha doce angústia
E quero ser assassinado por você
Na cavidade intumescida da tua vagina
Me permito o deleite do néctar da vida
Se mistura ao meu sangue, revigora o viver
Assim tudo é eterno e tem prazer em morrer
Meu corpo putrefato fermentando junto ao seu
Empanturrando as larvas que se esvaem no breu
Reciclando nossas vidas e deixando tudo em vão
Orquestrando a morte, regendo a decomposição
Não existem almas nem máquinas
Que tragam a luz ou a escuridão
Eu te rogo a minha alma inválida
E que me acompanhe até o caixão...
Não existem tamanhas palavras
E lúgubre, meu silêncio vai dizer
Que eu te amo
E quero ser assassinado por você
Ps: Um poema “gore romântico”
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