quarta-feira, 30 de junho de 2010

Rotina Maníaca Assassina

Saio na rua e me deparo com um mendigo.
O ódio que eu exponho lhe causa aflito
brutalmente lhe cravo a faca e rasgo seu umbigo
sangue podre jorrando ao som de vários gritos.

Eu me satisfaço fazendo tudo isso
não aguento mais esse cheiro de mendigo
queimei seu corpo com querosene
agora eu sei como se sente.

Continuando a matança
Encontrei uma criança
Agarro com maldade
E estupro sem piedade

Como se não bastasse toda a humilhação
Ainda continuo essa diversão
Faço com que chupe o meu pau
Porque já a arrebentei toda com meu sexo anal

Mas como eu pude esquecer
Tinha a vagina para fuder
Com meu pau em carne viva continuo a pedofilia assassina
Pois estuprar, matar e esquartejar fazem parte da minha rotina.

Onde esta minha morte?

Naquela pedra que pode atingir minha cabeça...
No carro que passa por mim
Na faca que acidentalmente me atinge
No meu frágil coração que pode infartar
Nas escadas em que estou descendo
No remédio que tomo sem receita
No meu trabalho que parece ser tão simples
No carro que eu dirijo
No meu caminhar em toda manha
Nas noites escuras quando volto pra casa
No tombo fatal que poderia me matar
No passeio de barco, que poderia afundar
Na briga de bar que resolvi entrar

Onde esta minha vida?

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Suicide Note

Neste quarto empoeirado eu vejo o fim dessa tempestade
Não tenho mais chances e o meu dia já acabou
Finalmente encontrei minha chance de sair da realidade
Finalmente meu fim me encontrou

Talvez eu tenha sido triste o suficiente
Vou fazê-lo se orgulhar
Talvez eu ainda fosse o único inocente
Não me deixe voltar

Algumas palavras me vem sem bater a porta
Algumas pessoas nem mesmo tentaram entender
Algumas palavras para esta poesia morta
Finalmente percebi que nada tenho a perder

O vento frio bate com força nas minhas costas
Meu fracasso me deixa com vontade de ir
Talvez algum dia encontrem mais algumas amostras
O meu sangue entre as veias eu não consigo sentir

O dano cerebral pelo efeito da verdade
Cortem seus pulsos agora crianças
Mentir sempre foi minha melhor qualidade
Eu já disse para nunca perder as esperanças

Agora eu realmente tenho que ir
Não poderei mais escrever
Ainda parece cedo para partir
Desculpe-me por todo esse sangue derramado

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Josef Mengele

Dia de verão
Pássaros a cantar
Ele veste seu jaleco
Sai para trabalhar

Cobaias indefesas
Tomadas pelo medo
Vão sofrer penosamente
Em total desespero

Olhos de crianças ele perfura
Corpos em tina ele derrete
Cadáveres dissecados
Mortos pobres coitados

Em nome da medicina ele mata
Pela ciência ele tortura
O anjo da morte mora ali
Auschwitz!!!

Morte sem imagem

O cheiro de sangue mistura-se a penumbra.
No "covil" onde os gritos cessaram.
Assim, um prazer autentico é exposto em meus atos
Quanto mais ossos partiam, quanto mais órgãos sangravam.

Não devo falar de sentimentos.
Aqui não há mais amor, ódio, ressentimento ou dor.
Um corpo inerte ao fundo de um quarto escuro.
Execra qualquer um deles, seja qual for.

Apenas vou além, rasgando a carne e partindo os ossos
O som da "insanidade" toma conta de mim
Invade meus tímpanos, me faz sentir bem
Sinto mesmo de olhos fechados, uma paz que parece não ter fim

Membros e órgãos completamente rompidos
Chão sujo e pegajoso, banhado pelo "desalmado”
De mim apenas o silêncio, respiração fraca
Um gozo interno, um prazer saciado.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Execrável Existência

Na má vontade ainda nasceu regurgitado
Sob os escombros de um prédio assombrado.
Em meio às poças de vômito, sangue e urina.
Em meio a gritos lancinantes de menina.

O pavor da tua alma transborda aos olhos.
Teu corpo pálido e azedo expele os óleos.
Do teu organismo fálico, tão imprestável e doente.
Tu és a sobra do aborto de um projeto de gente

Caminha por terras lúgubres, inférteis e contaminadas.
Onde o mau cheiro é visível pelas moscas apressadas.
Em que reina a corrupção, os estupros e assassinatos.
Teu lugar de momentâneas alegrias e de amores baratos.

Filosofia de um suicida, sexo, drogas e apocalipse.
Comerciais de tv, superstições, medos e crendices
Alimenta o ânimo com umas carreiras de cocaína.
Na abstinência já chegou até a beber gasolina.

Não te perguntas, por que demônios tu existe?
Tão detestável câncer da terra que tanto insiste.
Quem dera contigo no ventre tua mãe fosse morta.
O teu berço não se difere da tua própria cova

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Diário de um Morto II

Sentindo-me anestesiado.
Agora não há mais frio ou calor;
Sinto-me deixando meu próprio corpo
que antes estava gélido.

A pálida pele manchada com sangue.
Marcas deixadas por um assassino.
Um fim agonizante e prolongado.
Morto de forma cruel...

Estão vindo...
Vozes roucas me convidam violentamente
para a escuridão eterna

O que está acontecendo?
Vagamente vou me lembrando...
Que eu sou aquele morto!

Diário de um Morto

Acidente trágico na rodovia.
Meu corpo estirado no chão.
Uma abertura em meu pescoço.
Estão carregando meu corpo...

Sinto minha veia tremular.
Algo sensível vibra sobre meu pescoço.
Eu consigo sentir o liquido fluir por meus dedos.
Que se banham em sangue.

Minha visão vai escurecendo...
Vozes são ouvidas.
Corpo se anestesiando.

Ouço os homens de branco mascarados
dizerem que é o fim.
Um pano branco vem subindo por meu rosto