quarta-feira, 9 de junho de 2010

Morte sem imagem

O cheiro de sangue mistura-se a penumbra.
No "covil" onde os gritos cessaram.
Assim, um prazer autentico é exposto em meus atos
Quanto mais ossos partiam, quanto mais órgãos sangravam.

Não devo falar de sentimentos.
Aqui não há mais amor, ódio, ressentimento ou dor.
Um corpo inerte ao fundo de um quarto escuro.
Execra qualquer um deles, seja qual for.

Apenas vou além, rasgando a carne e partindo os ossos
O som da "insanidade" toma conta de mim
Invade meus tímpanos, me faz sentir bem
Sinto mesmo de olhos fechados, uma paz que parece não ter fim

Membros e órgãos completamente rompidos
Chão sujo e pegajoso, banhado pelo "desalmado”
De mim apenas o silêncio, respiração fraca
Um gozo interno, um prazer saciado.

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