domingo, 25 de julho de 2010

A beleza de um mundo putrefato e decomposto



Desenho cruzes e mais cruzes
e paro pra pensar
em cada uma delas quem irei pendurar
sorrir é difícil
me sinto feliz, ao alimentar um de meus vícios
um deles deixarei implícito
é o mais recente, o mais inocente
o segundo é aquele que me deixa demente
já perguntaram para mim, por que não algo belo?
Se eu o visse na minha frente usaria um cutelo
amarro em um tronco, e atropelo
ateio fogo pra restar só o farelo
a vingança é muito bela...
O prazer está em deixar sequela
e não parar na cela
quero mudar o mundo, o conceito de beleza
quero fotos de necrotério na capa da revista veja
quero que o palhaço atropele o elefante
com uma escavadeira pra banhar as crianças com sangue
ao defensor dos animais, por favor, não se zangue
o elefante é de borracha não se engane.
Alegorias fatais, dilaceramento de partes genitais
coisas para o filho assustar os pais
é belo pensar, na natureza tomando seu curso
apodrecendo o cadáver político que não fará mais discurso!
É natural a beleza de um funeral, tudo divinal
não importa se o defunto foi bom ou mal
é bela a múmia conservada em sal
ou porco assado, costurado,
sendo esquartejado, por crianças no natal
também é natural e sobreviveu aos anos
se o tempero for bom eu como até vegetarianos
e assim continuamos, sem enganos,
eu esquisito e você preconceituoso.

Um comentário:

  1. HSAUESAHUesauhesauhessesehseasea
    obs: Ja vivemos em um mundo putrefato e decomposto.
    O poema esta bellus kk

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