segunda-feira, 17 de maio de 2010

Carnificina

Corpos espalhados por todos os lados
Suas carnes e ossos despedaçados
Muitos ainda quentes pelo sangue recém circulado
Outros já em decomposição
Espalhados ali pelo chão
Manchas de sangue nas paredes
Uma luz fraca tenta iluminar tudo
Vermes e moscas degustam aquele banquete
Que daria ânsia no assassino mais sujo.

Mas aquele ambiente imundo
Desperta um artista escondido
Inspiro-me e começo a pincelar uma tela
Feita com o couro de uma delas
Sangue e bile são minhas tintas
Faço de ossos e punhados de cabelos meus pincéis
Vou começar minha obra
Doentia e Repulsiva.

Muitos podem me achar um louco
Mas sou somente um artista
Criando a minha maior obra prima
E mesmo que eu cause sua revolta
Continuo a pincelar meu quadro
Sem medo do fracasso
Pois essa é minha vida
Terminar meu grande quadro: Carnificina

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