quinta-feira, 13 de maio de 2010

Mundo de coliforme fecal

Um novo dia, uma nova noite,
me autoflagelando, jorrando sangue no açoite
Um novo inimigo, uma nova tirania
Meu ego me consome, a minha grande agonia

A vontade de correr, de gritar e de morrer
Um comprimido idiota que faz parar de sofrer
A expressão que extravasa a violência virtual
O desejo de cumprir com a natureza animal

O sangue e a doença no ar que respiro
A paranoia que brota a cada suspiro
Religião é a mão que apedreja e afaga
A mesma terra em que pisa, morre e ganha na cara

Eles acham que enganam e te fazem promessas
Mas no escuro da noite, trancam as portas e janelas
Onde está todo o amor e o apoio social?
Não vão arcar com despesas, de razão emocional.

A vida é um jogo de morte, dor e prazer.
A mentira e a verdade, trepar sem foder.
Degustar as próprias fezes, beber da própria urina.
Dizer que está feliz e se encharcar de gasolina.

O novo homem do século, o aborto e o suicídio.
Religião e ceticismo, o crime e o castigo.
Um velhaco crucificado, mergulhado na fossa
Nessa terra da desgraça, mundo de bosta!

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